Durante o mês de setembro – de terça a sexta, das 9h às 17h e aos sábados e domingos, das 13h às 17h – o Museu do Homem do Nordeste (Fundação Joaquim Nabuco) em Casa Forte, no Recife, abre as portas à exposição Olhares Rurais: Memórias e Transformações no Campo. O passeio cultural através das artes plásticas é produzido por 13 adolescentes do Grupo Paleta Coletiva, do Projeto Educação Integral.
Para Silvana Araújo, coordenadora de Exposições e Difusão Cultural do Muhne os adolescentes já podem se considerar artistas: “Eu achei superimportante trazer a exposição da Giral, para mostrar ao público esse olhar rico que esses jovens têm sobre o universo que habitam. Só temos que agradecer à Giral por essa oportunidade”.
A coordenadora de Ações Educativas e Comunitárias do Muhne, Edna Silva, fez uma reflexão: “Engraçado como nossas vidas são redes”, lembrando das pessoas que lhe apresentaram a ONG Giral e assim foi criando laços de apoio para a exposição. “Estou muito feliz. Tudo isso tinha que acontecer”, assinalou.
Motivados pelo curador da exposição e professor de artes plásticas da Giral, Wemison Araújo, os adolescentes usaram a mente fotográfica para pintar pessoas, paisagens, cultivos agrícolas e principalmente a rotina socioeconômica do homem do campo nas comunidades rurais de Glória do Goitá (na Zona da Mata Norte de Pernambuco), em 28 telas. “A gente sonhou tanto com esse momento. Toda essa pesquisa e vivência que construímos com eles, chegou a essa exposição com a história de cada um e das pessoas que eles conhecem”, disse o curador, lembrando que o trabalho desenvolvido na Oficina de Artes começou desde 2023, mas foi em fevereiro deste ano, que ganhou corpo e vida, inclusive, com a participação das famílias dos alunos.
O fundador da ONG Giral e um dos autores dos textos ilustrativos da exposição, Everaldo Costa, fez questão de compartilhar o momento, destacando ser um dia “histórico”. Ele lembrou que, desde o início, a Giral escolheu a arte como instrumento de transformação social, enfatizando que um dos alunos de destaque na época foi o próprio curador Wemison Araújo. “Começamos a nos preparar para hoje lá em 2006 (há 17 anos) e nunca paramos de fazer e promover arte. Fomos ousados e Wemison assumiu o compromisso como curador desta exposição, de mostrar ao mundo o que somos capazes”, concluiu Everaldo.
A exposição Olhares Rurais: Memórias e Transformações no Campo, construída a partir das oficinas de arte do Projeto Educação Integral e Projeto Paleta Coletiva, tem apoio do Programa Amigo de Valor do Banco Santander.