A iniciação musical de crianças e adolescentes levou a organização não-governamental (ONG) Giral a realizar, no dia 7, deste mês, o 1º Seminário de Música e Desenvolvimento Humano. O encontro com famílias, educadores, autoridades e financiadores do projeto aconteceu na sede da instituição, em Glória de Goitá (Zona da Mata Norte do Estado), a 65 km do Recife.
A construção do projeto conta com o apoio da BB Seguros. Para os representantes do patrocinador, Fábio Mourão e Luciana Garrone, o trabalho desenvolvido com as famílias dessas crianças e adolescentes é o maior diferencial, porque impacta na qualidade de vida de cada uma delas.
Essa é a segunda turma do projeto batizado de Meninas e Meninos da Alegria. Nessa nova fase, serão 100 alunos que terão aulas de música clássica. As aulas são ministradas durante quatro dias da semana, pelos professores de música, Jonathan de Araújo e Leonardo Severino.
Os instrumentos são da Giral, mas cada aluno pode levá-lo para estudar e praticar as partituras em casa. “O curso não tem encerramento. Os estudantes podem continuar a fazê-lo quanto tempo quiserem, em busca do aperfeiçoamento diário”, destaca a coordenadora do projeto, a psicóloga Cleonice Araújo. Os futuros músicos são incentivados a participarem da Orquestra Filarmônica Meninas e Meninos da Alegria.
O grupo aprende a tocar instrumentos como violinos, violoncelos, violas, clarinetes, flautas entre outros. Durante a apresentação do seminário, o presidente da Giral, Leonildo Moura, lembrou dos 16 anos ininterruptos da Giral, com “a premissa de que somente com educação é possível mudar e transformar realidades difíceis”.
Ele mostrou um painel da história da Giral, evidenciando o papel social junto às famílias carentes de pelo menos 10 municípios da Zona da Mata Norte e Região Metropolitana do Recife. Atualmente, a Giral atende mais de cinco mil crianças, adolescentes e jovens, na faixa etária de 4 a 29 anos. “Enfrentamos com ações efetivas a vulnerabilidade invisível aos olhos da maioria. A nossa missão é investir na educação e incentivar sonhos, porque quem não sonha morre aos pouquinhos. Eu acredito, sinceramente, que as pessoas precisam de oportunidades e acreditar que são capazes de realizar sonhos”, ressaltou.