Na última terça-feira(11), a nossa sede em Glória do Goitá foi palco de um momento especial de reflexão e acolhimento. Famílias, educadores e comunidade se reuniram para o Seminário de Abertura do Projeto Educação e Vivências Inclusivas, em um dia marcado por trocas significativas sobre o poder transformador da educação. O clima de acolhimento tomou conta do ambiente, integrando aqueles que já conhecem o trabalho da Giral e os novos integrantes que chegam cheios de expectativas.
O evento contou com a participação de educadores, coordenadores e as famílias assistidas pelo Projeto, criando um ambiente de troca e aproximação. “Eu sempre fico emocionado em falar de educação, porque pra mim ela é uma coisa sagrada” disse o fundador da Giral, Everaldo Costa, compartilhando sua emoção ao falar sobre a temática. Em sua fala, Everaldo refletiu sobre a importância do tempo na educação, fazendo paralelos com o tempo da natureza e seus ciclos, e deixando um agradecimento às famílias presentes: “Obrigado por terem escolhido a Giral, por virem partilhar esse ano de aprendizados com a gente!”
Renata Uchôa, coordenadora do projeto, destacou a importância do acolhimento e do compromisso coletivo com a educação. “A gente está nesse primeiro momento de acolhida para fazer com que as famílias se sintam pertencentes e mais próximas, porque o compromisso de educar é um compromisso coletivo”, explicou. Segundo ela, o objetivo do seminário é sensibilizar as famílias para que se sintam protagonistas no processo educativo: “Para que eles se sintam nesse espaço também, de produção de conhecimento, de responsabilidade com o cuidado e com a formação das crianças e adolescentes”.
O momento dedicado ao tema “Educação e Transformação” foi conduzido por Claudisson Vieira, Secretário da Secretaria de Educação do Município de Feira Nova-PE, que abordou questões fundamentais como o direito à educação, os avanços e vantagens de uma educação transformadora, além da importância de espaços formais e informais de aprendizagem. “A família e a escola, no século XXI já não dão conta de educar a criança”, afirmou, referindo-se à necessidade de outros atores sociais e espaços informais de aprendizagem para prover uma educação completa. Claudisson também enfatizou o papel da família nesse processo: “Você quer que a sua criança seja transformada? Incentive, acompanhe, esteja próximo ao seu filho”.
Entre as famílias presentes, Silvânia Veras, de 42 anos, compartilhou sua expectativa com o projeto. Mãe de três filhos, ela já tem um deles participando do projeto de empreendedorismo da Giral. “Eu busco a educação realmente para transformar a vida da gente”, afirmou. Silvânia revelou que seu filho Samuel, que é autista, irá participar das atividades de dança e arte. “Ele precisa de ajuda. Então acho que a arte, a música, a dança vai ajudar ele a se desenvolver, a socializar com as outras crianças”, explicou. Além disso, ela mesma pretende participar de cursos na Giral: “Vai me ajudar a botar minhas coisas na internet bonitinho, organizar as coisas da forma que tem que ser feita”.
Ao encerrar sua participação, Everaldo Costa deixou uma mensagem sobre a educação que a Giral propõe: “Que nós, como instituição e como família, possamos dar espaço pra essa educação. Uma educação da escuta, do cuidado, da alegria e do amor”. Claudisson Vieira complementou ressaltando o poder transformador da educação na sua própria história: “A educação muda a vida de um filho de agricultor analfabeto. Muda a gente, muda as pessoas. Nos torna mais tolerantes, responsáveis, conscientes”.
O Projeto Educação e Vivências Inclusivas busca promover uma formação integral e inclusiva para crianças e adolescentes, desenvolvendo habilidades socioemocionais e valorizando a diversidade. O projeto reforça o compromisso da Giral com a transformação social e a ampliação do acesso à educação de qualidade, especialmente para aqueles em situação de vulnerabilidade social.
Iniciativa da Giral, o projeto é financiado pelo Programa Amigo de Valor do Santander.