Planejamento estratégico da Giral propõe olhar coletivo para o presente e o futuro da organização

À sombra de uma árvore frondosa, com raízes profundas e galhos que se estendiam aos céus, os participantes foram convidados a meditar, sentir e se conectar com o momento presente. A mística inicial deu o tom do encontro de avaliação e planejamento estratégico da Giral, tendo sua primeira etapa realizada em Gaibu, no Cabo de Santo Agostinho, entre os dias 20 e 22 de março. Durante três dias de imersão, parte da equipe técnica e da diretoria refletiu sobre a trajetória da organização, analisou os desafios atuais e desenhou caminhos para o futuro da instituição, que há 18 anos transforma realidades por meio da educação.

O processo foi facilitado por Everaldo Costa, fundador da Giral, e pelo jornalista Agamenon Porfírio. Para Everaldo, este é um momento fundamental na história da organização. Ele destaca que a instituição cresceu significativamente nos últimos três anos, e que esse crescimento precisa ser acompanhado por um direcionamento alinhado à missão da Giral. “O processo foi reflexivo e colaborativo, com muitas discussões voltadas à missão institucional. Saímos daqui com o sentimento de pertencimento e o compromisso com a missão da Giral ainda mais fortalecidos”, apontou.

A metodologia adotada foi baseada em práticas participativas. Um dos primeiros momentos foi a criação coletiva da “árvore dos sonhos”. As raízes foram construídas com palavras e ideias que representam os pilares da Giral: amor, coragem, sonho, educação, comunicação e transformação social. Já os galhos e folhas simbolizavam os sonhos: os lugares onde a equipe deseja que a organização chegue nos próximos anos. A partir dessa simbologia, os participantes passaram a desenhar os caminhos possíveis para alcançar esses objetivos.

A análise de fatores internos e externos permitiu identificar o “solo” onde a árvore está plantada e o que será necessário para garantir seu crescimento contínuo e saudável. Para Ana Paula Mendes, diretora financeira da Giral, o processo foi valioso em diversos sentidos. “O planejamento estratégico tem sido um momento muito rico de reflexões, construções e aprendizados. A gente consegue ter uma visão geral dos objetivos e metas da Giral a longo prazo”, avaliou. Ana Paula também ressaltou a importância do trabalho coletivo: “Estou muito feliz por fazer parte desse momento com uma equipe maior, onde podemos compartilhar e dividir essa responsabilidade.”

Para além de um espaço de avaliação técnica, administrativa e estratégica, o encontro foi também um momento de reafirmar o trabalho em conjunto e o papel dos educadores em todas as instâncias da organização. Para Isabela Carvalho, coordenadora de projeto e educadora, a participação ativa dos educadores e coordenadores no processo foi um dos aspectos mais significativos. “Mostra muito o compromisso que a instituição tem, tanto com o seu futuro quanto com o futuro dos seus colaboradores”, afirma. Ela também destacou a força do trabalho coletivo. “Eu tenho muito orgulho e propriedade em dizer que esse planejamento foi construído pela equipe da Giral. Isso foi muito bonito e muito valoroso.”

A partir das reflexões, o grupo iniciou a construção de objetivos e metas que concretizam os sonhos representados na copa da árvore. Ações voltadas à melhoria da gestão, da governança e da sustentabilidade institucional foram priorizadas no desenho do planejamento estratégico.

Fechando o ciclo

No dia 31 de março, o grupo voltou a se reunir, desta vez no espaço da Ciranda Cohousing, na zona rural de Glória do Goitá. Na companhia e sob a sombra de outra grande árvore, a equipe revisitou as discussões de Gaibu, validou os encaminhamentos e formalizou o documento que guiará a Giral pelos próximos três anos.

O encerramento seguiu a mesma inspiração simbólica do início. Em uma nova mística, os participantes imaginaram uma semente crescendo e se transformando em uma grande árvore, apoiada por muitas mãos, oferecendo sombra e abrigo para pessoas e comunidades. De mãos dadas, repetiram juntos: “Eu sou porque nós somos”, expressão que resume o espírito de Ubuntu, filosofia africana que valoriza a coletividade, a solidariedade e a conexão entre os seres.

Mais do que metas e indicadores, o novo planejamento estratégico da Giral nasce do compromisso com os sonhos e as necessidades de pessoas, comunidades e territórios que a organização acompanha. Afinal, são eles os verdadeiros guias de todo esse processo.

A Giral segue possibilitando sonhos e construindo futuros. Porque nossos sonhos movem o mundo!

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Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

O Giral realiza processos que corroboram com os objetivos de desenvolvimento sustentável. Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram adotados em 2015, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, para unir forças em prol de uma Agenda Mundial de Desenvolvimento Sustentável, que deve ser cumprida até o ano de 2030. Entre eles, destacam nas ações da instituição, os compromissos com os objetivos: