Apesar do grande índice de desigualdade social no Brasil – o qual atinge diretamente o desenvolvimento socioeconômico de crianças e adolescentes do país, é possível aprender novos jeitos de encarar as dificuldades.
A história de Maria Aparecida, de 18 anos, assemelha-se com a de muitas outras estudantes que vivem no interior de Pernambuco. Ela, que desde criança aprendeu com a avó a arte de costurar, construiu memórias afetivas e fala como foi esse processo. “Eu comecei a costurar tinha oito anos de idade, foi a minha avó quem me ensinou a costurar roupa de boneca,” disse.
Diante de uma realidade frustrante e que possibilita poucas oportunidades, a educanda expressa o seu grande desejo profissional. “Meu sonho é ser estilista e modelo, poder costurar roupa pra todo mundo”, enfatiza, Aparecida.
Independente dos obstáculos, Maria fala sobre a importância da instituição Giral na sua vida através do curso corte, costura e modelagem. “A Giral foi uma sorte pra mim, porque eu tenho crises de ansiedade, vivia muito presa e não tinha amizades com outras pessoas, e aqui eu fiz amigas”, explica.
Em uma de suas canções Raul Seixas dizia: “sonho que se sonha só é só sonho, mas sonho que se sonha junto é realidade”. Parafraseando o cantor, podemos compreender que nunca foi tão importante construir um mundo mais igual e que ofereça as mesmas chances, sem distinção de classes, para que muitas outras Marias possam viver os seus sonhos.