Exposição musical integra crianças e adolescentes da Giral
Músicas, instrumentos e muitas histórias foram expostas na exposição musical da Giral. O evento, organizado pela equipe do Projeto Meninas e Meninos da Alegria, marcou a culminância da semana de música vivenciada na instituição. No momento, crianças e adolescentes do projeto tocaram e contaram histórias de músicas e instrumentos. Cláudia Victória, de 12 anos, é uma das participantes. Para ela, foi incrível compartilhar seus conhecimentos com outras pessoas. “Senti orgulho de mim mesma, por ter conseguido tocar um trecho de uma música de forma solo, como demonstração.’’ Gabrielle Conceição, de 12 anos, diz que interagiu muito no dia do evento. “Conseguimos fazer uma viagem ao tempo, recordando várias fases da música e ainda repassamos para as outras crianças um pouquinho dessa história. Foi muito gratificante”, comenta. As crianças e adolescentes que organizaram a exposição estudam música na Giral e compõem a Orquestra Filarmônica Meninas e Meninos da Alegria. O projeto é financiado pela Soluções, com o apoio do Instituto Usiminas.
Africanidade na cabeça: crianças modelam penteados afro
Para expor os conhecimentos e aprendizados sobre diversidade racial e cultura afro, crianças e adolescentes da Giral participaram de uma oficina sobre penteado afro. No momento, educadoras e voluntárias realizaram diversos penteados com modelos que reconhecem e valorizam a cultura afro. Além disso, as crianças aprenderam sobre os cuidados com os cabelos e tranças e a valorização da beleza, do empoderamento e da pluralidade étnico-racial. Para muitas crianças, o cuidado e o tratamento aumentaram a autoestima, como comentou Marília, de 13 anos. “Eu me senti mais bonita e com melhor autoestima”. A valorização da diversidade étnico-racial é discutida em todas as formações da Giral. A culminância das vivências é realizada no mês de novembro, reconhecido como o mês da consciência negra. Para a educadora Lindinalva Silva, os penteados revelam muito mais do que beleza e estética. “Eles representam um código estético e de comunicação de uma cultura. O cabelo afro é uma ferramenta política de luta”, finaliza. Natália, de 15 anos, também aproveitou o momento. “Eu me senti com melhor autoestima e mais confiante”. Cerca de 82% das crianças e adolescentes da Giral são formadas por crianças e adolescentes negros.